quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Reciclagem


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O símbolo internacional da reciclagem.
A reciclagem é termo genericamente utilizado para designar o reaproveitamento de materiais beneficiados como matéria-prima para um novo produto. Muitos materiais podem ser reciclados e os exemplos mais comuns são o
papel, o vidro, o metal e o plástico. As maiores vantagens da reciclagem são a minimização da utilização de fontes naturais, muitas vezes não renováveis; e a minimização da quantidade de resíduos que necessita de tratamento final, como aterramento, ou incineração.
O conceito de reciclagem serve apenas para os materiais que podem voltar ao estado original e ser transformado novamente em um produto igual em todas as suas características. O conceito de reciclagem é diferente do de
reutilização.
O reaproveitamento ou reutilização consiste em transformar um determinado material já

beneficiado em outro. Um exemplo claro da diferença entre os dois conceitos, é o reaproveitamento do papel.

[editar] Cores

Ilustração de um cesto contendo o símbolo da reciclagem.
No Brasil os recipientes para receber materiais recicláveis seguem o seguinte padrão:
[1]
Azul: papel/papelão
Vermelho: plástico
Verde: vidro
Amarelo: metal
Preto:madeira
Laranja: resíduos perigosos
Branco: resíduos ambulatoriais e de serviços de saúde
Roxo: resíduos radioativos
Marrom: resíduos orgânicos
Cinza: resíduo geralmente não reciclável, misturado ou contaminado, não sendo passível de separação.
O papel chamado de reciclado não é nada parecido com aquele que foi beneficiado pela primeira vez. Este novo papel tem cor diferente, textura diferente e gramatura diferente. Isto acontece devido a não possibilidade de retornar o material utilizado ao seu estado original e sim transformá-lo em uma massa que ao final do processo resulta em um novo material de características diferentes.
Outro exemplo é o vidro. Mesmo que seja "derretido", nunca irá ser feito um outro com as mesmas características tais como cor e dureza, pois na primeira vez em que foi feito, utilizou-se de uma mistura formulada a partir da areia.
Já uma lata de alumínio, por exemplo, pode ser derretida de voltar ao estado em que estava antes de ser beneficiada e ser transformada em lata, podendo novamente voltar a ser uma lata com as mesmas características.
A palavra reciclagem difundiu-se na
mídia a partir do final da década de 1980, quando foi constatado que as fontes de petróleo e de outras matérias-primas não renováveis estavam se esgotando rapidamente, e que havia falta de espaço para a disposição de lixo e de outros dejetos na natureza. A expressão vem do inglês recycle (re = repetir, e cycle = ciclo).
Como disposto acima sobre a diferença entre os conceitos de reciclagem e reaproveitamento,em alguns casos, não é possível reciclar indefinidamente o material. Isso acontece, por exemplo, com o
papel, que tem algumas de suas propriedades físicas minimizadas a cada processo de reciclagem, devido ao inevitável encurtamento das fibras de celulose.
Em outros casos, felizmente, isso não acontece. A reciclagem do
alumínio, por exemplo, não acarreta em nenhuma perda de suas propriedades físicas, e esse pode, assim, ser reciclado continuamente.

Vantagens da reciclagem

Cestos de reciclagem de lixo
Os resultados da reciclagem são expressivos tanto no campo ambiental, como nos campos econômico e social.
No
meio-ambiente a reciclagem pode reduzir a acumulação progressiva de lixo a produção de novos materiais, como por exemplo o papel, que exigiria o corte de mais árvores; as emissões de gases como metano e gás carbônico; as agressões ao solo, ar e água; entre outros tantos fatores negativos.
No aspecto econômico a reciclagem contribui para a utilização mais racional dos
recursos naturais e a reposição daqueles recursos que são passíveis de re-aproveitamento.
No âmbito social, a reciclagem não só proporciona melhor
qualidade de vida para as pessoas, através das melhorias ambientais, como também tem gerado muitos postos de trabalho e rendimento para pessoas que vivem nas camadas mais pobres.
No
Brasil existem os carroceiros ou catadores de papel, que vivem da venda de sucatas, papéis, latas de alumínio e outros materiais recicláveis deitados para o lixo. Também trabalham na colecta ou na classificação de materiais para a reciclagem. Como é um serviço penoso, pesado e sujo, não tem grande poder atrativo para as fatias mais qualificadas da população.

Catadores de recicláveis em lixão(foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)
Assim, para muitas das pessoas que trabalham na reciclagem (em especial os que têm menos
educação formal), a reciclagem é uma das únicas alternativas de ganhar o seu sustento.
O manuseio de lixo deve ser feito de maneira cuidadosa, para evitar a exposição a agentes causadores de doenças.
No
Brasil, a cidade que mais recicla seu lixo é Curitiba: atualmente, 20% de todo o lixo produzido - cerca de 450 toneladas por dia - são reciclados na capital paranaense[2].
Reciclagem de aço
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A reciclagem de aço é o reaproveitamento do aço utilizado em objetos que já não estão funcionando para produzir novos objectos.
O aço é utilizado em diversos materiais, desde
latas até carros. Sua reciclagem é tão antiga quanto a própria história de sua utilização. O aço pode ser reciclado infinitas vezes, com custos menores e menos dispêndio de energia do que na sua criação inicial.
Ele pode ser separado de outros resíduos por diversos processos químico-industriais e voltar a ser utilizado sem perder suas características iniciais.
A lata de aço é uma das embalagens mais utilizadas em todo mundo para acondicionar alimentos e produtos diversos. A embalagem pode ser
biodegradada pelo próprio ambiente, através do processo de ferrugem, num prazo médio de três anos. Porém o aço, se aproveitado, pode gerar economias e menos agressão ao meio ambiente.
Estudos dizem que a cada 75 latas de aço recicladas, uma árvore é salva, pois, do contrário,
viraria carvão vegetal.
O aço também é muito utilizado na
construção civil para sustentar estruturas de concreto. A reciclagem de entulho da construção civil também é bastante importante.
Reciclagem de alumínio
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A reciclagem de alumínio é o processo pelo qual o alumínio pode ser reutilizado em determinados produtos, após ter sido inicialmente produzido. O processo resume-se no derretimento do metal, o que é muito menos dispendioso e consome muito menos energia do que produzir o alumínio através da mineração de bauxita. A mineração e o refino deste requerem enormes gastos de eletricidade, enquanto que a reciclagem requer apenas 5% da energia para produzi-lo. Por isto, a reciclagem tornou-se uma atividade importante para esta indústria.
O alumínio pode ser reciclado tanto a partir de
sucatas geradas por produtos de vida útil esgotada, como de sobras do processo produtivo. O alumínio reciclado pode ser obtido a partir de esquadrias de janelas, componentes automotivos, eletrodomésticos, latas de bebidas, entre outros. A reciclagem não danifica a estrutura do metal, que pode ainda ser reciclado infinitamente e reutilizado na produção de qualquer produto com o mesmo nível de qualidade de um alumínio recém produzido por mineração.
Pelo seu valor de mercado, a sucata de alumínio permite a geração de renda para milhares de famílias brasileiras envolvidas da coleta à transformação final da sucata.
Desta forma, a reciclagem do alumínio gera benefícios para o país e o meio ambiente, além de ser menos custoso de obter do que através da sua produção por mineração.
Os produtos de
alumínio podem ser reconhecidos pelos símbolos
O alumínio líquido (700°C), demora até duas horas e meia para atingir o estado sólido, dependendo do volume de metal assim como temperatúra ambiente, local de armazenagem, etc.
Grande parte do comércio de alumínio no Brasil é feito na forma líquida, o metal é transportado á 750 ºC em recipientes especiais chamados "panelas refratárias", nestes recipientes a perda de calor é muito pequena, aproximadamente 10 ºC por hora.
Um quilo de alumínio reciclado, evita a extração de cinco quilos de
bauxita.
O ciclo médio de vida de uma lata de alumínio é de 30 dias, desde sua colocação na prateleira do supermercado, até seu retorno reciclada.
A reciclagem de uma única
lata de alumínio, pode economizar a energia necessária para manter um televisor ligado durante 3 horas ou uma lâmpada de 100 watts por 20 horas.
Reciclagem de papel
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A reciclagem de papel é o reaproveitamento do papel não-funcional para produzir papel reciclado.
Há duas grandes fontes de papel a se reciclar: as aparas pré-consumo (recolhidas pelas próprias fábricas antes que o material passe ao mercado consumidor) e as aparas pós-consumo (geralmente recolhidas por catadores de ruas). De um modo geral, o papel reciclado utiliza os dois tipos na sua composição, e tem a cor creme.
A aceitação do papel reciclado é crescente, especialmente no mercado corporativo. O papel reciclado tem um apelo ecológico, o que faz com que alcance um preço até maior que o material virgem. No
Brasil, os papéis reciclados chegavam a custar 40% a mais que o papel virgem em 2001. Em 2004, os preços estavam quase equivalentes, e o material reciclado custava de 3% a 5% a mais. A redução dos preços foi possibilitada por ganhos de escala, e pela diminuição da margem média de lucro.
Na
Europa, o papel reciclado em escala industrial chega a custar mais barato que o virgem, graças à eficiência na coleta seletiva e ao acesso mais difícil à celulose, comparado ao do Brasil.
Em média um
quilo equivale a 74 latas.
Reciclagem de plástico
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Embalagens plásticas depositadas em aterro sanitário.(foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)
A reciclagem de plástico consiste no processo de reciclagem artefatos fabricados a partir de resinas (
polímeros), geralmente sintéticas e derivadas do petróleo.
Etapas
Reciclagem primária ou pré-consumo
É a conversão de resíduos plásticos por tecnologia convencionais de processamento em produtos com caraterísticas de desempenho equivalentes às daqueles produtos fabricados a partir de resinas virgens.
Reciclagem secundária ou pós-consumo
É a conversão de resíduos plásticos de lixo por um processo ou por uma combinação de operações. Os materiais que se inserem nesta classe provêm de lixões, sistemas de coleta seletiva, sucatas, etc. são constituídos pelos mais diferentes tipos de material e resina, o que exige uma boa separação, para poderem ser aproveitados.
Reciclagem terciária
É a conversão de resíduos plásticos em produtos químicos e combustíveis, por processos termoquímicos (pirólise,quimólise, conversão catálica). Por esses processos, os materiais plásticos são convertidos em matérias-primas que podem originar novamente as resinas virgens ou outras substâncias interessantes para a indústria, como gases e óleos combustíveis.
Separação
Os diferentes tipos de plásticos são separados antes de serem reciclados. Esse processo é feito através das densidades destes.
Polipropileno 0,90 – 0,915
Polietileno de Baixa Densidade 0,910 - 0,930
Polietileno de Alta Densidade 0,940 - 0,960
Nylon 1,13 – 1,15
Acrílico 1,17 – 1,20
Poli (cloreto de vinila) 1,220 - 1,300
Poli (tereflalato de etileno) 1,220 - 1,400
Reciclagem de embalagens longa vida
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Diversas camadas de uma embalagem longa vida
Hidrapulper com embalagens longa vida
Hidrapulper com plástico e alumínio
Injeção de peças plásticas
Fabricação de telhas recicladas com plástico e alumínio
Fabricação de telhas recicladas com plástico e alumínio
Parafina obtida com processo de reciclagem a plasma
Lingote de alumínio obtido com processo de reciclagem a plasma
A reciclagem de embalagens longa vida é o processo pelo qual são reintegrados à cadeia produtiva os materiais componentes deste tipo de embalagem.
O processo de reciclagem consiste de duas etapas independentes e sucessivas. A primeira delas é a reciclagem do papel e a seguinte a reciclagem do composto de polietileno e alumínio. O papel reciclado pode ser utilizado por exemplo para a produção de papelão ondulado, caixas, papel para tubetes. O composto de polietileno e alumínio pode ser utilizado para a fabricação de peças plásticas, placas, telhas ou, através da sua completa separação via processo a plasma, para a produção de parafina e alumínio metálico.

Parafina obtida com processo de reciclagem a plasma

Lingote de alumínio obtido com processo de reciclagem a plasma
A reciclagem de embalagens longa vida é o processo pelo qual são reintegrados à cadeia produtiva os materiais componentes deste tipo de embalagem.
O processo de
reciclagem consiste de duas etapas independentes e sucessivas. A primeira delas é a reciclagem do papel e a seguinte a reciclagem do composto de polietileno e alumínio. O papel reciclado pode ser utilizado por exemplo para a produção de papelão ondulado, caixas, papel para tubetes. O composto de polietileno e alumínio pode ser utilizado para a fabricação de peças plásticas, placas, telhas ou, através da sua completa separação via processo a plasma, para a produção de parafina e alumínio metálico.
A embalagem longa vida
A embalagem longa vida é uma embalagem asséptica para o envase de alimentos permitindo sua melhor conservação. Esta embalagem é composta de seis camadas de três materiais:
papel, responsável pela estrutura; polietilenode baixa densidade, responsável pela adesão e impermeabilidade entre as camadas; e alumínio, barreira contra luz e oxigênio. O papel representa em média 75%, em massa, o polietileno representa 20% e o alumínio, 5%.
de iniciativas de coleta seletiva estas embalagens pós-consumo são enfardadas e encaminhadas para uma indústria papeleira. Nesta industria as embalagens longa vida seguem para um equipamento industrial chamado hidrapulper, que se assemelha a um liquidificador de grande porte, onde são misturadas a água de processo e agitadas mecanicamente durante cerca de 30 minutos.
Taxa de Reciclagem
Segundo o
Cempre - Compromisso Empresarial para Reciclagem no Brasil em 2005 foram recicladas 23% de todas as embalagens longa vida.
Reciclagem de vidro
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Lixo separador de vidros verde, incolor e âmbar
A Reciclagem do vidro é o processo pelo qual o
vidro é basicamente derretido e refeito para sua reutilização. Dependendo da finalidade do seu uso, pode ser necessário separá-lo em cores diferentes. As três cores principais são:
Vidro incolor
Vidro verde
Vidro marrom/
âmbar
Os componentes de vidro decorrentes de
lixo municipal (lixo doméstico e lixo comercial) são geralmente: garrafas, artigos de vidro quebrados, lâmpada incandescente, potes de alimentos e outros tipos de materiais de vidro. A reciclagem de vidro implica em um gasto de energia consideravelmente menor do que a sua manufatura através de areia, calcário e carbonato de sódio. O vidro pronto para ser novamente derretido é chamado de cullet.
[editar] A Reutilização do vidro
A reutilização do vidro é preferível à sua reciclagem. Garrafas são extensamente reutilizadas em muitos países europeus e no Brasil. Na
Dinamarca, 98% das garrafas são reutilizadas e 98% destas retornam para os consumidores. Porém, estes hábitos são incentivados pelo governo. Em países como a Índia, o custo de fabricação das novas garrafas obriga a reciclagem ou a reutilização de garrafas velhas.

[editar] Reciclagem de vidro
O vidro é um material ideal para a
reciclagem e pode, dependendo das circunstâncias, ser infinitamente reciclado. O uso de vidro reciclado em novos recipientes e cerâmicas possibilita a conservação de materiais, a redução do consumo de energia (o que ajuda nações que têm que seguir as diretrizes do Protocolo de Quioto) e reduz o volume de lixo que é enviado para aterros sanitários. [1]
Reciclagem de aparelhos eletrônicos Metareciclagem
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A Metareciclagem é uma metodologia de captação e remanufatura de computadores e equipamentos de informática usados para serem reaproveitados em equipamentos que voltam a funcionar, jogos, robótica, multimídia ou obras de arte.
O termo começou a ser usado no
Brasil em 2002 em uma rede auto-organizada através da internet. Ao fim daquele ano, foi negociada uma parceria com a ONG Agente Cidadão, que ofereceu logística e um espaço para o armazenamento e triagem de computadores doados, que eram então consertados e distribuídos para a criação de laboratórios de informática em projetos sociais. [1]
Reciclagem de equipamentos Eletrônicos: Metareciclagem
Quer saber o que é MetaReciclagem? A versão resumida é essa:
A
MetaReciclagem é uma rede distribuída que atua desde 2002 no desenvolvimento de ações de apropriação de tecnologia, de maneira descentralizada e aberta. A rede começou em São Paulo em parceria com a ONG Agente Cidadão, como um projeto de captação e remanufatura de computadores usados que posteriormente eram distribuídos para projetos sociais de base. A MetaReciclagem sempre teve por base a desconstrução do hardware, o uso de software livre e de licenças abertas, a ação em rede e a busca por transformação social. Desde então, a MetaReciclagem teve a oportunidade de atrair centenas de colaboradores e influenciar a criação e a implementação de diversos projetos de grande alcance. Recebeu menções honrosas no Prix Ars Electronica 2006 (categoria Digital Communities) e Prêmio APC Betinho de Comunicação (2005), e foi listada como pré-selecionada no Prêmio APC Chris Nicol de Software Livre em 2007. A partir do intercâmbio com a plataforma Waag-Sarai (Holanda-Índia), a MetaReciclagem passou a definir-se não mais em função de um grupo que reciclava computadores, mas uma rede aberta que promovia a desconstrução e apropriação de tecnologias.

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